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Cuidado com turbos no mercado paralelo

Quatro em cada dez turbos vendidos no mercado de reposição brasileiro são falsificados. Surpreendente, a informação é de pesquisa realizada no País pela BorgWarner, fabricante de turbocompressores e outros componentes automotivos com sede em Auburn Hills, nos Estados Unidos. O dado alarmante foi revelado pelo diretor da divisão de Aftermarket da BorgWarner na América do Sul, Nelson Bastos Junior, durante visita da imprensa especializada à unidade fabril da empresa em Itatiba/SP. Para combater o mercado irregular, a empresa aposta na disseminação de informação. “A média de consumo de um veículo com turbocompressor falsificado pode ser de 4% a 8% maior”, conta Bastos. Para um caminhão que rode a média de 150 mil quilômetros por ano, serão gastos cerca de R$ 90 mil a mais em combustível, de acordo com estimativa da fábrica.

 

MERCADO DE REMANUFATURADOS CRESCE

 

A empresa aposta no segmento de remanufaturados para absorver parte da demanda de quem procura componentes com custo abaixo de uma peça nova. Só podem ser considerados remanufaturados os produtos onde o processo é realizado dentro das instalações do fabricante original. Na unidade produtiva de Itatiba, a BorgWarner recupera cerca de 30 mil turbos usados por ano. A expectativa para 2018 é de crescer na casa dos 20%.

 

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No processo de remanufatura o produto é completamente desmontado e todos os componentes passam por testes individuais de qualidade, sendo reaproveitados os itens que não apresentam desgastes ou defeitos decorrentes de seu uso intensivo. Depois de montado, o turbo é novamente testado, aprovado e garantido pela fábrica. O preço de compra de um remanufaturado é cerca de 30% menor em relação à peça original nova.

 

“Os remanufaturados têm o mesmo tempo de vida útil e de garantia de um turbocompressor novo, mas com menor custo por quilômetro na comparação com uma peça recondicionada ou reparada fora da fábrica”, explica Bastos.

 

CUIDADO COM OS PIRATAS

 

Para não comprar gato por lebre, o consumidor deve atentar-se a alguns sinais de falsificação. Uma delas é a embalagem do produto. “Todo componente remanufaturado pela fábrica vem em embalagem de papelão, lacrada e com código de barras, igual a um produto novo”, conta Nelson.

 

O comprador deve atentar-se ainda ao código de identificação que consta na nota fiscal e no próprio produto. A peças da linha REMAN da Borg Warner vêm com um QR Code, onde o proprietário pode verificar (por meio da internet) a origem do componente.

 

Ainda assim, as peças falsificadas podem ter aparência externa muito similar às originais (embora utilizem materiais de baixo custo no interior), dificultando a diferenciação por parte do cliente. Por isso, o ideal é checar também a procedência do produto e adquirir peças somente em distribuidores oficiais da fábrica.

Fonte: O Mecânico

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Autor: Sindirepa MT

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