O sistema de freios a disco, tem como principais componentes pastilhas e discos e exige revisões periódicas para que a segurança da direção seja garantida até o fim da sua vida útil.
Disco ruim oferece desconforto ao dirigir e até prejuízo material. Em casos extremos pode até ocasionar um acidente de trânsito. De maneira geral, o disco de freio costuma atingir o final da sua vida útil próximo dos 40 mil quilômetros percorridos, dependendo da forma que a pessoa dirige, do peso que o veículo carrega e do tipo de trajeto feito diariamente.
Segundo o coordenador de assistência técnica da TMD Friction do Brasil, Raulincom Borges da Silva, é importante estar sempre atento às indicações de uso de cada fabricante. “As causas que levam ao desgaste do disco de freio são diversas, tais como aplicação incorreta e uso excessivo em condições severas, sejam de tráfego e/ou carga. Todos esses fatores podem deformar a estrutura do disco ao longo do tempo e prejudicar a experiência de frenagem do veículo. Por isso, é importante optar por mecânicos especializados que possam garantir que cada serviço seja executado corretamente, além da aplicação de pastilhas e discos de qualidade”, explica.
Manutenção preventiva
Para garantir que o tempo de vida útil do disco seja respeitado, além das checagens de sua espessura durante as manutenções preventivas (revisões), o condutor deve estar sempre atendo aos sinais que o veículo dá ao longo dos meses. “Um disco de freio muito “gasto” e/ou cheio de irregularidades em sua superfície (como por exemplo: sulcos e incrustações) ao entrar em contato com as pastilhas de freio, causa vibração no volante ou no pedal do freio. Ruídos também poderão ocorrer. Então o melhor a fazer nesta situação, é buscar manutenção do sistema com um profissional”, afirma Raulincom.
Além disso, a formação de faixas rebaixadas e irregulares também impedem que as pastilhas tenham um contato uniforme com o disco, prejudicando a frenagem. Isto pode causar uma dificuldade maior de resposta do veículo, exigindo que o motorista precise aplicar muito mais força no pedal. Quando isto ocorrer, segundo o especialista, é recomendável que o condutor faça uma visita à oficina o mais breve que possível.
Retífica de disco: vale a pena?
Retificar é um ato de desbastar uniformemente a superfície do disco, tornando-a mais uniforme/regular.
Esse processo requer uma avaliação cautelosa e especializada, considerando a vida útil que o disco “suporta”. É importante ressaltar que é necessário retificar os dois lados, simultaneamente, para que o balanceamento não seja prejudicado. Também é importante ficar atento quanto a espessura, pois existe o risco da estrutura ficar comprometida quando a retifica é feita além da quantidade permitida.
Lembre-se:
Especificações – Utilizar somente discos compatíveis aos originais, não usando peças com dimensões diferentes (tanto no sentido da espessura como na do diâmetro);
Nunca modifique – Fazer furos adicionais ou chanfrar algumas regiões é desaconselhável, pois pode fragilizar os discos, podendo propiciar fissuras e até a quebra;
Instalação – Tenha todo cuidado no processo de montagem dos discos. Faça a limpeza e utilize apertos uniformes dos parafusos, evitando assim desalinhamentos.